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Itajaí divulga boletim epidemiológico sobre violência contra mulher

Informe mostra os casos notificados entre os anos de 2020 e 2021
Data de inclusão: 25/10/2021 14:46

A Secretaria de Saúde de Itajaí, por meio da Vigilância Epidemiológica, lança nesta semana um novo boletim epidemiológico sobre a violência contra a mulher. O relatório apresenta os casos notificados de violência interpessoal contra mulheres, residentes no município, no período de janeiro de 2020 a junho de 2021. O material completo pode ser acessado aqui.

O objetivo do informativo é dimensionar a situação epidemiológica de Itajaí com relação à violência contra a mulher, apresentando as principais características dos casos notificados para elaboração de políticas de vigilância, prevenção, promoção da saúde e cultura da paz. Os dados foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde (MS). A notificação de violência é compulsória para os profissionais de saúde e não se trata de denúncia, mas sim da garantia dos direitos e cuidados em saúde.

Dados de violência em Itajaí

No período de janeiro de 2020 a de junho de 2021, o Município de Itajaí notificou 245 casos de violência contra a mulher. O número representa 20,26% dos 1.269 casos de violência interpessoal e autoprovacada notificados no mesmo período. As agressões notificadas foram, na sua maioria, físicas, psicológicas, sexual, por negligência/abandono, financeira/econômica, entre outras.

Do total de casos notificados entre 2020 e 2021, 57,58% foram de violência física, 27,25% de violência psicológica, 8,15% de violência sexual, 4,21% de negligência/abandono, 2,25% de violência financeira e 0,56% de intervenção legal (intervenção por agente legal público como, por exemplo, abuso de autoridade). Nenhum caso de tortura foi notificado durante o período pesquisado. O relatório aponta ainda que em 82,04% dos casos notificados os prováveis autores foram do sexo masculino, em 12,25% foram do sexo feminino e em 1,22% o campo sexo do agressor foi ignorado.

Em relação ao grau de escolaridade das mulheres em situação de violência, de acordo com as notificações, 34,29% possui ensino fundamental incompleto, 27,76% ensino médio completo, 14,29% ensino fundamental completo, 11,84% ensino médio incompleto, 5,17% ensino superior incompleto, 2,78% possui ensino superior completo e 2,04% dos casos notificados foram de mulheres analfabetas. Já a faixa etária de mulheres mais afetada é dos 18 a 29 anos, com 31,02% das notificações. Em seguida estão as mulheres de 30 a 39 anos (30,60%) e de 40 a 49 anos (20,41%).

Maioria das mulheres é vítima do parceiro

Conforme o informe epidemiológico, o principal local de ocorrência dos atos de violência contra mulheres é a própria casa das vítimas, como apontam 78,37% das notificações. Além disso, em 43,20% dos casos notificados o agressor foi o cônjuge, 15,20% outros vínculos, 13,30% familiares, 12,80% ex-parceiro íntimo, 10,40% desconhecido (a) e em 4,00% dos casos notificados a agressão partiu de amigos ou conhecidos.

Os dados ainda mostram que em quase metade das situações notificadas a violência ocorreu outras vezes. Além disso, os bairros mais populosos de Itajaí são os locais onde prevalecem as notificações de violência interpessoal contra mulheres.

Denuncie!

Pessoas vítimas de violência podem denunciar o agressor pelos telefones: 190 (Polícia Militar), 181 (Polícia Civil), 153 (Guarda Municipal), 180 (Canal de Atendimento à Mulher) e 100 (Disque Direitos Humanos). Em casos de ferimentos, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 ou Samu pelo 192.

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Informações adicionais:
Vigilância das Violências
(47) 3249-5541 ou dant.violencia@itajai.sc.gov.br 

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